Confesso que acho cada vez mais graça às vozes, quase sempre engravatadas e enfatuadas, quase sempre daqueles que julgam fazer parte de uma qualquer elite, que proclamam a``diferença´´, a ``superioridade moral´´ do Sporting e dos sportinguistas. Enquanto a coisa corre de feição, não se esquecem de que são um clube eclético e universal, que há valores e procedimentos de cavalheirismo e cortesia que saõ próprios, quiçá exclusivos da instituição.
A pose, alataneira, quase fidalga, mantém-se até um ponto;mas, ainda antes da ruptura, já as claques do Sportinga são tão arruaceiras e boçais como as piores e já os seus dirigentes são os que mais se queixam- em úblico e imagino nos corredores dos poderes- das arbitragens. Sem razão para isso, não valendo sequer a pena lembrar os golos obtidos em fora de jogo( com o FC Porto), enáltis decretados pelo tribunal de Alvalade( com o Estrela da Amadora com expulsão do guarda-redes visitante) ou expulsões poupadas( Tonel em Belém). Depois, há um momento em que as insuficiências de raiz- bem patentes no plantel- se reflectem de forma mais drástica nis resultados: menos de 54% de pontos possíveis obtidos; duas vitórias em 11 jogos fora de casa, 5º lugar na Liga.
Essa é a ocasião em que renasce a tese da cabala, da conspiração, em que volta a ecoar o grito da revolta por todos os Corpos Sociais e sócios corpóreos do clube- regressam as memórias e o rol das queixinhas. Vir lembrar o célbre golo, limpinho, de Luisão, que não teve culpa nas asas e penas de frango com que Ricardo decidiu enriquecer o tento, tudo a propósito de Paulo Paraty e da arbitragem de anteontem, já não é mais do que uma obsessão que deixa transparecer a impotência para descobrir novos argumentos.
Paulo Bento passou da tranquilidade a uma confrangedora tangente à histeria.
Quis deixar de ser ``objecto do humor´´ e tentou fazer um trocadilho, com um qualquer `` para ti(Paraty), para mim´´ pouco menos que grosseiro. Os radicais viram dois penaltis e motivo para quatro expulsões nas hostes benfiquistas(Nélson mas também Katsouranis, Cardoso e Binya)
Nunca hão-de peceber que o erro mais grave de Paraty em toda a partida foi precisamenet o cartão vermelho ao lateral-direito benfiquista, pedido por um banco muito pressionantee vociferante(é hábito). E nunca entenderão que a mais cobarde e ignóbil das atitudes, tão mentirosa e teatreira que nem deve ter castigo previsto nas leis, foi a de Tonel diante do do ``chega para lá´´ de Cardoso, o mesmo homem a quem segundos antes o central do Sporting pontapeara sem necessidade.
No meio de tantos gritos de alerta, ninguém do clube `` sport chic´´ se lembrou de agradecer ao Benfica o que seria justo: a maior enchente do ano em Alvalade.
Quando o verniz estala......
By João Gobern no espaço de opinião Sem Balizas do Jornal Record
terça-feira, 4 de março de 2008
O estalar do verniz por João Gobern
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