O Benfica precisava deles e eles estiveram presentes. Uns foram sozinhos, outros com amigos, outros com a família.
Quase ninguém faltou, numa tempestuosa noite de Dezembro, com o Natal a bater à porta. Queriam assistir à prova de fogo, ou seja, ao confronto do Benfica com o campeão nacional em título.
Para efeitos de balanço, talvez pudesse dizer-se somente que o Benfica ganhou porque jogou melhor, porque teve mais determinação, maior capacidade de concentração e mais brio do princípio ao fim, sem precisar da mão na bola ou da carga paquidérmica de Christian Rodríguez, numa noite deplorável e insuficientemente sancionada.
Mas pode e deve dizer-se mais. Sem ter realizado um jogo memorável, o Benfica mostrou ser a melhor equipa em campo, também pelo espírito de sacrifício e pela constante combatividade. E dizer isto é já dizer muito, pois é desta matéria que os campeões são feitos.
Sem ter realizado um jogo memorável, o Benfica mostrou ser a melhor equipa em campo...
O FCP, tristonho e pouco concentrado, ficou muito aquém do que esperavam e exigiam aqueles que gostam de falar das renovações de títulos como uma inevitabilidade histórica.
Vi alguns a sair da Luz cabisbaixos.
Há quatro épocas que o Benfica não mostrava a este adversário natural e directo aquilo de que tem obrigação de ser capaz. Nesta época está à altura dessa responsabilidade e mostrou o que vale e, sobretudo, o que quer.
Em Copenhaga, a Cimeira do Clima saldou-se num quase total malogro, porque falhou o essencial, mesmo com Obama presente, a saborear o Nobel da Paz e o título generalizado de Figura do Ano.
Na Luz não falhou o essencial, porque o Benfica jogou “à Benfica” e isso fez subir a temperatura.
Aliás, nos tempos que correm, essa é mesmo a única forma de aquecimento global que não só se aceita como se exige.
by José Jorge Letria in O Benfica via o 'SL Benfica Crónicas&Imagens'
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