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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

a Banca ganhou um humorista...


o futebol perdeu um cómico.....

Quando um grande artista se despede dos palcos a forma calorosa emotiva e excepcionalmente afectiva brinda a pessoa com mimos de todo o género, e foi isso que aconteceu no Sábado farto do bilhar pequeno em Alvalade o grandioso JEB dirigiu-se para o bilhar grande, abriu a porta dos fundos e saiu. Cansou-se do terrorismo, das pedradas, dos insultos, tudo coisas normais numa massa associativa da mais refinada nobreza, algo que nós, gente do Povo, dificilmente poderá aspirar.

Neste momento em que a cortina se fecha, e que se guardam os lençóis e as toalhas de mensagens em Alvalade e se volta a guardar a roupa no móvel lá de casa até o próximo ano, não duvidem que me irei lembrar com nostalgia de todas as frases que o Bettencourt disse, na minha opinião um benfiquista não teria dito melhor para picar os seus adeptos, estratégia estranha e complexa que só poderia sair ou da cabeça do Bettencourt ou do José do Eduardo.

Quem não se lembra daquela frase directa e intelectualmente trabalhada: “Tá calado pá”, ou do “Paulo Bento Forever” mas melhor que isso foi a tirada dos cretinos e dos terroristas apoiada por sportinguistas os ditos anormais ou herri batasunas lá do sitio.

Eu tenho amigos sportinguistas, e acho que nem eles mereciam isto, é que dá pena, dá pena mas é engraçado, cada vez que o homem abria a boca sabíamos que íamos rir, e é assim que uma pessoa com talento e com tanto para dar ainda a um País cinzento e mergulhado em problemas se vai embora ele que tanto tinha para dar ao futebol ao País e sobretudo ao sporting. Vou ter saudades daquelas fotos em Nova Iorque, a passear com o chapéu de chuva na mão e aquele olhar confiante de estrela de qualquer coisa que agora não me lembro, aquela forma peculiar e elegante de tocar maracas. Foi pena o sporting não ter percebido o valor de um presidente que disse que o estádio dos azulejos, que até são uma bonita forma de arte, não era uma referência e que o Sporting não era um clube vencedor, quem conseguiria fazer melhor? O croquete? o batatinha? Não se vislumbra ninguém melhor que o cotonete, mas é assim, o futebol perde um cómico, a Banca ganha um humorista.

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