'morremos de morte natural'
"António Boronha foi um dos homens que acompanharam a Selecção Nacional no Mundial da Coreia-Japão, em 2002. Mais um Mundial de má memória para as cores lusitanas. O ex-dirigente federativo, que foi presidente carismático do Sp. Farense era, na altura, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol. E acabou por sair em conflito aberto com Gilberto Madail, actual homem forte da FPF. Pouco mais se ouviu falar de António Boronha no pós Mundial da Coreia-Japão. Mas continua a ser um homem atento ao fenómeno desportivo, tem opinião, não teme dizer o que lhe vai na alma. E sobre a prestação da Selecção na África do Sul, sobre Carlos Queiroz e Cristiano Ronaldo, disse-nos:
- É claro que sinto algum desapontamento por aquilo que a Selecção portuguesa fez neste Campeonato do Mundo. Não fomos uma agradável surpresa, é preciso dizer isso. Mas fomos... o normal! Tivémos um apuramento titubeante para marcar presença em África, não podemos esquecer-nos disso e, chegados à África do Sul, conseguimos uma pequenina vitória que foi o termos atingido a passagem aos oitavos-de-final da prova. Nunca fomos uma selecção dominadora, nem antes do Mundial nem durante o Mundial. E acabámos por morrer de morte natural, com vergonha e pequeninos.
Quanto à continuidade ou não de Carlos Queiroz à frente da Selecção Nacional, entendo que sim, que deve continuar. E por duas razões. Explico: não vejo ninguém que seja capaz, no curo espaço de tempo que temos para preparar a nossa participação no Europeu, de fazer menos mal que ele. E não vejo em termos de disponibilidade real. Onde estão os treinadores credíveis e livres, que possam substituir Carlos Queiroz? Não há ninguém para o seu lugar que possa fazer menos mal, repito.
E falando, depois, sobre o capitão da Selecção foi mais uma vez frontal: "Cristiano Ronaldo continuar ou não como capitão da Selecção Nacional? Bem, agora é fácil dizer tudo. O que é que ele disse? Virou-se para Carlos Queiroz, dentro do campo, quando ele substituiu o Hugo Almeida pelo Dani e disse-lhe: "Carlos, assim não ganhamos!" Esse foi o erro dele, devia ter dito: "Carlos, assim perdemos!".
E sempre ao seu estilo: " O problema da Selecção não é o Cristiano Ronaldo continuar ou não como capitão de equipa. Ele não devia ter dito o que disse, é verdade, mas percebo-o. Não é essa a questão do futuro quanto à Selecção. Nesta FPF está muita coisa mal desde há muitos anos. A Selecção Nacional é aquilo que nós somos - umas vezes fazemos das tripas coração, mas não fazemos mais do que isso. Uma FPF que nos últimos dez anos esqueceu a formação, que naturalizou Deco, Pepe e LIedson...Desde que saí da FPF passaram cerca de dez anos e o que é que temos? Temos o Cristiano Ronaldo. É aí que reside o problema."
"António Boronha foi um dos homens que acompanharam a Selecção Nacional no Mundial da Coreia-Japão, em 2002. Mais um Mundial de má memória para as cores lusitanas. O ex-dirigente federativo, que foi presidente carismático do Sp. Farense era, na altura, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol. E acabou por sair em conflito aberto com Gilberto Madail, actual homem forte da FPF. Pouco mais se ouviu falar de António Boronha no pós Mundial da Coreia-Japão. Mas continua a ser um homem atento ao fenómeno desportivo, tem opinião, não teme dizer o que lhe vai na alma. E sobre a prestação da Selecção na África do Sul, sobre Carlos Queiroz e Cristiano Ronaldo, disse-nos:
- É claro que sinto algum desapontamento por aquilo que a Selecção portuguesa fez neste Campeonato do Mundo. Não fomos uma agradável surpresa, é preciso dizer isso. Mas fomos... o normal! Tivémos um apuramento titubeante para marcar presença em África, não podemos esquecer-nos disso e, chegados à África do Sul, conseguimos uma pequenina vitória que foi o termos atingido a passagem aos oitavos-de-final da prova. Nunca fomos uma selecção dominadora, nem antes do Mundial nem durante o Mundial. E acabámos por morrer de morte natural, com vergonha e pequeninos.
Quanto à continuidade ou não de Carlos Queiroz à frente da Selecção Nacional, entendo que sim, que deve continuar. E por duas razões. Explico: não vejo ninguém que seja capaz, no curo espaço de tempo que temos para preparar a nossa participação no Europeu, de fazer menos mal que ele. E não vejo em termos de disponibilidade real. Onde estão os treinadores credíveis e livres, que possam substituir Carlos Queiroz? Não há ninguém para o seu lugar que possa fazer menos mal, repito.
E falando, depois, sobre o capitão da Selecção foi mais uma vez frontal: "Cristiano Ronaldo continuar ou não como capitão da Selecção Nacional? Bem, agora é fácil dizer tudo. O que é que ele disse? Virou-se para Carlos Queiroz, dentro do campo, quando ele substituiu o Hugo Almeida pelo Dani e disse-lhe: "Carlos, assim não ganhamos!" Esse foi o erro dele, devia ter dito: "Carlos, assim perdemos!".
E sempre ao seu estilo: " O problema da Selecção não é o Cristiano Ronaldo continuar ou não como capitão de equipa. Ele não devia ter dito o que disse, é verdade, mas percebo-o. Não é essa a questão do futuro quanto à Selecção. Nesta FPF está muita coisa mal desde há muitos anos. A Selecção Nacional é aquilo que nós somos - umas vezes fazemos das tripas coração, mas não fazemos mais do que isso. Uma FPF que nos últimos dez anos esqueceu a formação, que naturalizou Deco, Pepe e LIedson...Desde que saí da FPF passaram cerca de dez anos e o que é que temos? Temos o Cristiano Ronaldo. É aí que reside o problema."
[transcrição do texto hoje publicado na edição em papel, pág. 7)
via o 'Mestre da Blogosfera'
3 comentários:
Boronho = a si mesmo :D
amiga Tasmaniapt,
a beber umas Minis da Sagres a ver o Brasil?
Boronha amiga...Boronha:)
Exacto, menos mal do que o Queirós fez é difícil...
Bem resumido. Formação, népias...
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com
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