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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

excelente crónica de Cruz dos Santos...


Não viu a bola fora?

APENAS 26 árbitros constituem o grupo de elite da UEFA. Dois deles são Olegário Benquerença e Pedro Proença, ambos foram nomeados por Vítor Pereira para as meias-finais da Taça da Liga e, infelizmente, nem esse cuidado impediu falhas e as habituais acusações marcadas pela falta de isenção que só devia existir nos irresponsáveis.

FINDO o FC Porto-Académica, muito se falou do golo mal anulado a Bruno Alves (um dos tais lances dificílimos para os árbitros assistentes), mas esqueceu-se que Pedro Proença falhou ao não assinalar penalty de Guarín sobre Orlando.

Após o Sporting-Benfica, ter-se-ia justificado uma palavra de condenação ou lamento para as atitudes de Tiago (expulso no banco por injúrias dirigidas ao árbitro) e de João Pereira (expulso por entrada perigosíssima sobre um adversário), mas apenas houve fogo cerrado contra Olegário Benquerença, tal como se ele não se tivesse limitado a cumprir o seu dever (sem embargo de alguma brandura, para os dois lados, noutros lances).

Onovo director do futebol leonino, Miguel Salema Garção, disse do árbitro: «Veio, nitidamente, com a intenção de prejudicar o Sporting». Afirmação bonita, digna de um responsável de um grande clube. Talvez não saiba que José Mourinho acaba de ser punido (18 mil euros de multa) por dizer, após o Inter-Milan, que os árbitros «fizeram tudo para que não ganhássemos». Assim se trava o que deve ser travado. Mas, em Itália, claro está.

QUANTO ao nosso campeonato, grande actuação de Duarte Gomes no Paços de Ferreira-Sporting. Mas Bruno Paixão contestado no Leixões-FC Porto, sobretudo por penalty não assinalado de Joel sobre Rúben Micael. Houve contacto? Sem dúvida.

Mas antes ou depois de o novo e excelente reforço portista entrar em queda? E foi tocado ou provocou o toque, arrastando o pezinho? Nem a TV, com repetições de vários ângulos, me deu a certeza. Por isso, fico-me no talvez quanto à existência de falta. Mas não vi antijogo leixonense.

E o encontro teve mais de sete minutos após os 90. Aí, pelo menos, o árbitro não entrou na tal «linha do campeonato que está traçada» — gostava eu de saber como e por quem.

DEPLORÁVEL foi o sucedido (sem culpa de Pedro Proença) no golo da vitória do notável Sp. Braga sobre o Marítimo. Tão absurdo que parece impossível, porque a bola transpôs claramente a linha lateral e o bandeirinha André Campos estava mesmo ali, até recuou para que a bola e jogadores passassem.

Não viu? Algum deles lhe tapou a visibilidade? Só posso admitir essa hipótese, porque não foi caso de análise e opinião, foi facto concreto e indiscutível. Não vai fazer refrear a lengalenga da moda, claro que não, mas confirma que o sol (falhas da arbitragem) quando nasce é para todos.

1 comentário:

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