Invocando o meu direito à indignação, solicito a publicação deste esclarecimento/resposta ao escrito assinado por Rui Santos na última página do Record do dia 16 do corrente mês de Maio.
Porque me chamaram a atenção para o facto de o escriba invocar o meu nome, submeti-me, a contragosto, ao sacrifício de ler os dislates de tal senhor.
E comecei logo por não perceber se ele, no seu acostumado delírio, me responsabilizava pela tragédia de Heysel.Claro ficava, no entanto, o transtorno do iluminado comentador por não ter sido convidado a participar no programa “Prós e Contras”, da RTP, na segunda-feira antecedente.
Todos sabemos quem deveria, por direito e génio próprios, ocupar a cadeira onde me sentei. É realmente absurdo, mesmo criminoso, discutir o que quer que seja sobre o futebol português sem a presença tutelar de Rui Santos e dos lugares-comuns com que polvilha as suas destemperadas intervenções.
Sou, efectivamente, culpado de ter ousado expressar a minha opinião técnico-jurídica sobre as possíveis graves implicações para o FCP consequentes da aplicação, pela UEFA, do Regulamento da Liga dos Campeões, isto após a condenação do FCP SAD, em acórdão já transitado da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, por ilícito de corrupção na forma tentada.
Uma opinião que, sublinhe-se, é acompanhada por vários ilustres juristas, todos certamente a soldo de forças demoníacas.
Por causa desta ousadia de opinar sobre aquelas eventuais graves consequências que podem advir para o FCP – que a própria UEFA já veio admitir como plausíveis –, o infalível Rui Santos atribui-me, imagine-se, o papel de “manipulador de massas acríticas”, como se nesta função eu alguma vez tivesse capacidade para lhe chegar aos calcanhares, independentemente da altura dos saltos dos seus sapatos.
Enveredando pelo campo da argumentação tresvariada, o autor do escrito brinca com o meu nome, no estilo desabrido que o caracteriza, para me acusar de deslealdade perante a instituição FCP, talvez na convicção de que terei sido eu a praticar as tentativas de corrupção em que foi condenado aquele clube/SAD ou até, quem sabe, a escrever o Regulamento da Liga dos Campeões.
Ao estilo de Rui Santos, termino com uma pergunta: “Até quando teremos que aturar tanto narcisismo?”
Francisco Cunha Leal Carmo
In Record
A resposta da Putativa Caracoleta Esverdeada encontra-se aqui....tão execrável é que não admira de onde vêm.....admirável é haver alguém neste país que ainda se admire com isto......
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